quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Crianças

Quando me perguntam quando penso ter um bebé estranho. De facto sinto-me tão despreparada e sem vontade de ser mãe que não posso ver nisso algo próximo. Só consigo conceber tal ideia como aceitável daqui a uns bons anos. Mas depois, logo depois, penso que não tenho esses bons anos... O tempo vai passando e apesar de ainda ter uma larga margem de manobra, talvez planear tal coisa para daqui a 10 anos não seja por uma série de razões a melhor opção. Mas a verdade, verdadinha é que a maternidade não é algo que se force. Ninguém o pode ou deve fazer contrariado, ou por capricho e nem todas as mulheres tem de ver isso como uma obrigação se de facto não estiver nos seus planos.

Mas claro, que projectando um futuro mais longínquo é bom idealizar mais uns quantos "seres" a comporem a família e a formarem família. Mas será isto um pequeno sinal de instinto maternal ou simplesmente medo da solidão no futuro? Ter filhos não é sinonimo de ter apoio na terceira idade se for esse o propósito...

Seja como for, a minha fuga a sete pés da maternidade deve-se em larga escala ao engravidar, parir e criar durante o primeiro ano de vida. Dá uma trabalheira desgraçada e por mais amor que haja sai-nos sempre do corpo. Um filho transforma de todas as formas possíveis e imagináveis um mãe - física, psicologicamente, ideologicamente, socialmente, etc etc... e nem sempre as mudanças são boas. Sobretudo fisicamente.

Contudo, os anos seguintes já acho mais graça. Quando começam a querer andar, falar, imitar-nos. Quando já existe toda uma interacção e conhecimento.

Hoje estive com o meu sobrinho que está prestes a completar 2 aninhos. Conhece os nomes de muitas partes do corpo, mas fica baralhado quando lhe prego algumas partidas :p rotula, estômago, esófago e escroto são partes que de todo ainda não conhece (lol). Contudo, uma que sabe perfeitamente onde fica é o sovaco. Sovaco? Isso não é nada bonito. "Que tal axila? Onde fica a axila?" e ele prontamente aponta para Amelie (a minha cadela) uma, duas, três, quatro vezes... a axila é ela definitivamente. já está rebaptizada a minha pimpolha...

Estas gracinhas valem tanto a pena... Mas nem para hoje, nem para amanha, nem para depois... As do meu sobrinho por agora são mais do que suficientes.

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