sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Filhos adoptivos e biológicos

Eu sei que o Correio da Manhã é jornal para mandar os convites, fazer a festa, deitar os foguetes e apanhar as canas, tudo sozinho, e sei também que há muitos outros do mesmo género, mas há coisas que leio que são tão estapafurdias que gostava MESMO que não passassem de invenções.

Então os filhos ADOPTIVOS da Nicole Kidman afastaram-se dela por "ordem" da cientologia? Mas tá tudo parvo?

Eu penso que adoptar é um acto sublime e deve ser feito de coração. Também penso que uma criança adoptada deve ter os mesmos "direitos" de uma criança biológica, ou seja, não pode haver a ideia de que o órfão se deve sentir em todo o seu ser agradecido e por isso adoptar um comportamento expectacular o resto da vida, deixando os seus pais sobejamente orgulhosos, porque nunca mijou a cama, nunca fumou um charro, nunca chumbou de ano, tirou um curso superior de engenharia e é CEO numa multinacional, enquanto o filho biológico pode fazer 1500 patifarias porque goza de uma espécie de estatuto de sangue e nada tem a agradecer nem pode ser devolvido...

Não, adoptar é saber que aquela criança pode vir a ter todos os problemas e mais alguns e que nada deve fazer os pais voltar atrás na sua decisão. MAS, e na minha mais modesta opinião, um adulto que em tempos tenha sido adoptado deveria ter o bom senso ou pelo menos passar-lhe a ideia pela cabeça, de que talvez a sua vida teria sido bem diferente se aquelas duas pessoas não lhe tivessem dado o "estatuto" de filho. E não se trata de um "obrigada" diário, trata-se de um sentimento de gratidão que deveria estar sempre implícito e que vale também (ainda que em outros moldes) para os filhos biológicos.

Quando leio esta noticia e qualquer outra que revele a falta de gratidão de filhos para com os pais acho que só uma medida implacável os chamaria à razão e provaria que os filhos não podem fazer o que quiserem porque os pais os amarão sempre incondicionalmente. Não... não tem de ser assim. Eu deserdava-os e se fosse possível deixava de os aperfilhar... Às vezes são precisas medidas drásticas... Quase num medir de forças.

Com isto penso que de facto o dinheiro em excesso faz mal às pessoas... As mentes, as ideias, os valores começam a ficar turvos. Tem-se acesso a demasiadas coisas, a demasiada informações... perdem-se os limites... MEDO!!!

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