Na infância têm lugar as primeiras experiências, as primeiras descobertas e a aprendizagem do que é bom, do que é mau, do que é certo, do que não é... A nossa personalidade vai-se formando e por mais que se altere ao longo tempo fica sempre alguma coisa que já estava tão patente em tenra idade...
Nem tudo pode, ou deve ser revelado num blog. Há coisas que de facto, nem entre 4 paredes se confessam e devem ficar só para nós, mas posso dizer assim muito por alto que desde pequenina já gostava de namoriscar os rapazes. Quando digo pequenina falo em 4/5 anos... (gargalhada). Acho que posso dar um novo sentido à palavra precoce.
Foi exactamente na pré-primária que fui alvo de um amor platónico. O Nelson... (que desconheço o paradeiro) era um menino franzino de tez branca, loirinho, com uns óculos fortíssimos (meio fundo de garrafa) e com um arzinho muito doce. O Nelson vinha de uma família bastante pobre, em muito devido ao facto de não existir qualquer planeamento familiar e do agregado ser constituído por umas 9 pessoas, das quais 7 eram crianças.
Lembro-me que o Nelson olhava imenso para mim, era querido (nesta altura os rapazes costumam gostar de arrear nas miúdas, são autênticos carrascos e não descobriram ainda que não somos bonecas de pancada) e dava-me diariamente presentes. Infelizmente, presentes esses, que eu devolvia sempre ao final do dia à mãe já que eram bibelôs surrupiados da sua sala de estar. Apesar de tudo, o que contava era a intenção e eu acho que fiquei mal habituada logo desde pequenina com estes Nelson's da vida....
Tenho pena de não saber nada dele, mas espero que viva hoje melhor do que vivia e que tenha alcançado os seus objectivos para que hoje possa comprar ele próprio bibelôs para presentear alguém...

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